Então: quem me conhece, sabe que sou um cinéfilo assumido, coleciono filmes de todas as épocas, mas sou aficcionado por filmes antigos. Não consigo imaginar a minha vida sem o cinema, ou melhor, sem a paixão pela sétima arte...
Dentre os inúmeros astros e estrelas que admiro, há uma em especial: Rita Hayworth. Na verdade, o nome dela era Margarita Cansino, e era filha de espanhóis, uma ótima dançarina, bela, sensual, com uma alegria de viver que transparecia na tela...Mas, se vocês imaginam uma mulher morena, de cabelos negros, dançando passo doble, estão enganados...
Rita era morena, no início da carreira. Mas foi sendo transformada, até ficar na versão ruiva, que a imortalizou. Durante a Segunda Guerra Mundial, quase todo soldado norte-americano tinha uma foto dela, em sua carteira, e até em aviões B-24, sua imagem foi pintada:
Rita era chamada de "A Deusa do Amor", e se casou diversas vezes, uma com o Diretor de cinema Orson Welles, com quem teve uma filha (Rebecca) e outra com um príncipe muçulmano, chamado Ali Khan, com quem teve sua segunda filha (Yasmin).
Como você deve ter notado, sou fã mesmo...mas, onde quero chegar?
No filme Sangue & Areia, de 1941, Rita Hayworth contracenou com dois grandes atores da época: Tyrone Power e Anthony Quinn. Ela tinha 23 anos, enquanto Tyrone tinha 27 e Anthony tinha 26. Todos jovens, ainda. Eles disputavam o amor dela, nesse filme que mostrava um pouco do mundo das touradas:
Dizem as más línguas que Rita e Anthony tiveram um caso, mas não sabemos ao certo, visto que as fofocas, naquela época, eram menos visíveis que hoje...
A questão é que ele era casado, naquela época, com Katherine DeMille, filha adotiva do Diretor de cinema Cecil B. DeMille. Anthony e Katherine foram casados entre 1937 e 1965, e nesse período tiveram cinco filhos: Christopher (nascido em 1939, morreu afogado em 1941), Christina (nascida em 1941), Catalina (nascida em 1942), Duncan (nascido em 1945) e Valentina (nascida em 1952). Abaixo, Katherine DeMille:
Em 1966, Anthony Quinn se casou pela segunda vez, com Jolanda Addolori, com quem teve três filhos: Francesco (1963/2011, nasceu quando o pai ainda estava casado com Katherine), Danny (nascido em 1964, também enquanto o pai estava no primeiro casamento) e Lorenzo (nascido em 1966). Esse casamento durou até 1997.
O casamento de Quinn com Adollori acabou por que ele teve uma filha com sua secretária, Katherine Benvin: Antonia, nascida em 1993. Depois, eles tiveram outro: Ryan, nascido em 1996.
Anthony Quinn também teve dois filhos com Friedel Dunbar: Sean (nascido em 1973) e Alexander (1976).
De todos os doze filhos de Anthony Quinn, apenas Francesco seguiu a carreira de ator, e trabalhou no filme Platoon (1986):
Mas não é aí que quero chegar. O meu ponto é o ator Anthony Quinn, que possivelmente flertou com Rita Hayworth. Quando ele ainda estava casado com Kathy Benvin (viveram juntos até a morte dele), e quando seu filho mais novo, Ryan, estava com dois para três anos, ele esteve no Brasil, para gravar Oriundi...
A Direção desse filme é de Ricardo Bravo, e tem no elenco, além de Anthony Quinn, Leticia Spiller, Paulo Betti, Gabriela Duarte e Paulo Autran.
Nesse filme, Anthony Quinn vive o personagem Giuseppe Padovani, que tem 93 anos (ele estava com 84), e conhece uma jovem, Sofia D'Angelo (Letícia Spiller), que lhe lembra sua esposa falecida, Caterina.
O incrível dessa história, foi o que aconteceu em Pontal do Sul. Eles foram gravar cenas do filme na beira-mar, e uma aluna minha, a Maria Rosa foi pedir um autógrafo a ele. Veja o que aconteceu:
Lembro que, na época, ela ficou meio assustada com tudo aquilo, e também muito aborrecida, com todo aquele assédio. Lembro de ter dito a ela que daria tudo certo, e que ela fizesse o que o coração mandasse. Quando ela voltou, fui um dos que defendi a decisão dela, pois havia quem a recriminasse por voltar. O que nunca vou esquecer é que ela trouxe uma fantasia de Cruela Devil dos EUA, dizendo que era para nossas peças teatrais (sempre procurei fazer teatro com os alunos, e valorizo muito essa arte). Ela ficou no Colégio até a sua formatura, e depois seguiu em frente, namorando, casando, tendo filho...
Mas, por que estou dizendo isso? Porque é tudo muito interessante:
1) Sou fã de cinema e da Rita Hayworth;
2) Rita Hayworth contracenou com Anthony Quinn;
3) Anthony Quinn conheceu a Meg e disse que a conhecia de outras vidas;
4) Fui professor da Meg durante vários anos, e a considero de montão (ela sabe disso);
Para terminar, veja esse texto da Superinteressante (Agosto de 2008):
É verdade que estamos a 6 graus de qualquer outra pessoa do mundo?
Resposta: é provável. Pelo menos foi o que indicou a célebre experiência do psicólogo americano Stanley Milgram, que em 1961 mandou cartas para várias pessoas pedindo que fizessem a mensagem chegar a alguém determinado por ele em outra cidade. Havia uma única regra: as cobaias só poderiam mandar a mensagem para alguém conhecido até chegar ao alvo. A carta passava em média por 5 pessoas antes do destino, em um total de 6 “graus” de separação. A pesquisa foi contestada porque apenas 3% das cartas alcançaram o objetivo. Para tirar a prova, o sociólogo americano Duncan Watts repetiu o experimento em 2003 – desta vez, com e-mails. Ele pediu que 18 mil voluntários contatassem 18 pessoas por eles desconhecidas. Novamente, a média bateu nos 6 graus. A coisa dá tão certo que alunos de ciência da computação da Universidade da Virgínia, nos EUA, montaram um programa que mostra que mais de 80% dos 900 mil atores que constam do Imdb, a mais ampla base de dados sobre cinema na internet, estariam no máximo a 6 graus do americano Kevin Bacon. Menos até: a maioria dos artistas passa em média por apenas 3 atores até se conectar a Bacon.
E mais: as relações entre as pessoas que citei (Rita Hayworth, Anthony Quinn e Maria Rosa) não foram "comuns" e sim, profundas. Se a teoria de Milgram e Watts estiver certa, estou muito próximo de minha "ídola". Obrigado, Meg, por fechar o ciclo....
Dentre os inúmeros astros e estrelas que admiro, há uma em especial: Rita Hayworth. Na verdade, o nome dela era Margarita Cansino, e era filha de espanhóis, uma ótima dançarina, bela, sensual, com uma alegria de viver que transparecia na tela...Mas, se vocês imaginam uma mulher morena, de cabelos negros, dançando passo doble, estão enganados...
Rita era morena, no início da carreira. Mas foi sendo transformada, até ficar na versão ruiva, que a imortalizou. Durante a Segunda Guerra Mundial, quase todo soldado norte-americano tinha uma foto dela, em sua carteira, e até em aviões B-24, sua imagem foi pintada:
Rita era chamada de "A Deusa do Amor", e se casou diversas vezes, uma com o Diretor de cinema Orson Welles, com quem teve uma filha (Rebecca) e outra com um príncipe muçulmano, chamado Ali Khan, com quem teve sua segunda filha (Yasmin).
Como você deve ter notado, sou fã mesmo...mas, onde quero chegar?
No filme Sangue & Areia, de 1941, Rita Hayworth contracenou com dois grandes atores da época: Tyrone Power e Anthony Quinn. Ela tinha 23 anos, enquanto Tyrone tinha 27 e Anthony tinha 26. Todos jovens, ainda. Eles disputavam o amor dela, nesse filme que mostrava um pouco do mundo das touradas:
Dizem as más línguas que Rita e Anthony tiveram um caso, mas não sabemos ao certo, visto que as fofocas, naquela época, eram menos visíveis que hoje...
A questão é que ele era casado, naquela época, com Katherine DeMille, filha adotiva do Diretor de cinema Cecil B. DeMille. Anthony e Katherine foram casados entre 1937 e 1965, e nesse período tiveram cinco filhos: Christopher (nascido em 1939, morreu afogado em 1941), Christina (nascida em 1941), Catalina (nascida em 1942), Duncan (nascido em 1945) e Valentina (nascida em 1952). Abaixo, Katherine DeMille:
Em 1966, Anthony Quinn se casou pela segunda vez, com Jolanda Addolori, com quem teve três filhos: Francesco (1963/2011, nasceu quando o pai ainda estava casado com Katherine), Danny (nascido em 1964, também enquanto o pai estava no primeiro casamento) e Lorenzo (nascido em 1966). Esse casamento durou até 1997.
O casamento de Quinn com Adollori acabou por que ele teve uma filha com sua secretária, Katherine Benvin: Antonia, nascida em 1993. Depois, eles tiveram outro: Ryan, nascido em 1996.
Anthony Quinn também teve dois filhos com Friedel Dunbar: Sean (nascido em 1973) e Alexander (1976).
De todos os doze filhos de Anthony Quinn, apenas Francesco seguiu a carreira de ator, e trabalhou no filme Platoon (1986):
Mas não é aí que quero chegar. O meu ponto é o ator Anthony Quinn, que possivelmente flertou com Rita Hayworth. Quando ele ainda estava casado com Kathy Benvin (viveram juntos até a morte dele), e quando seu filho mais novo, Ryan, estava com dois para três anos, ele esteve no Brasil, para gravar Oriundi...
A Direção desse filme é de Ricardo Bravo, e tem no elenco, além de Anthony Quinn, Leticia Spiller, Paulo Betti, Gabriela Duarte e Paulo Autran.
Nesse filme, Anthony Quinn vive o personagem Giuseppe Padovani, que tem 93 anos (ele estava com 84), e conhece uma jovem, Sofia D'Angelo (Letícia Spiller), que lhe lembra sua esposa falecida, Caterina.
O incrível dessa história, foi o que aconteceu em Pontal do Sul. Eles foram gravar cenas do filme na beira-mar, e uma aluna minha, a Maria Rosa foi pedir um autógrafo a ele. Veja o que aconteceu:
Lembro que, na época, ela ficou meio assustada com tudo aquilo, e também muito aborrecida, com todo aquele assédio. Lembro de ter dito a ela que daria tudo certo, e que ela fizesse o que o coração mandasse. Quando ela voltou, fui um dos que defendi a decisão dela, pois havia quem a recriminasse por voltar. O que nunca vou esquecer é que ela trouxe uma fantasia de Cruela Devil dos EUA, dizendo que era para nossas peças teatrais (sempre procurei fazer teatro com os alunos, e valorizo muito essa arte). Ela ficou no Colégio até a sua formatura, e depois seguiu em frente, namorando, casando, tendo filho...
Mas, por que estou dizendo isso? Porque é tudo muito interessante:
1) Sou fã de cinema e da Rita Hayworth;
2) Rita Hayworth contracenou com Anthony Quinn;
3) Anthony Quinn conheceu a Meg e disse que a conhecia de outras vidas;
4) Fui professor da Meg durante vários anos, e a considero de montão (ela sabe disso);
Para terminar, veja esse texto da Superinteressante (Agosto de 2008):
É verdade que estamos a 6 graus de qualquer outra pessoa do mundo?
Resposta: é provável. Pelo menos foi o que indicou a célebre experiência do psicólogo americano Stanley Milgram, que em 1961 mandou cartas para várias pessoas pedindo que fizessem a mensagem chegar a alguém determinado por ele em outra cidade. Havia uma única regra: as cobaias só poderiam mandar a mensagem para alguém conhecido até chegar ao alvo. A carta passava em média por 5 pessoas antes do destino, em um total de 6 “graus” de separação. A pesquisa foi contestada porque apenas 3% das cartas alcançaram o objetivo. Para tirar a prova, o sociólogo americano Duncan Watts repetiu o experimento em 2003 – desta vez, com e-mails. Ele pediu que 18 mil voluntários contatassem 18 pessoas por eles desconhecidas. Novamente, a média bateu nos 6 graus. A coisa dá tão certo que alunos de ciência da computação da Universidade da Virgínia, nos EUA, montaram um programa que mostra que mais de 80% dos 900 mil atores que constam do Imdb, a mais ampla base de dados sobre cinema na internet, estariam no máximo a 6 graus do americano Kevin Bacon. Menos até: a maioria dos artistas passa em média por apenas 3 atores até se conectar a Bacon.
E mais: as relações entre as pessoas que citei (Rita Hayworth, Anthony Quinn e Maria Rosa) não foram "comuns" e sim, profundas. Se a teoria de Milgram e Watts estiver certa, estou muito próximo de minha "ídola". Obrigado, Meg, por fechar o ciclo....
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