terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Enlatados For USA"

"Quando nascemos fomos programados/A receber o que vocês/Nos empurraram com os enlatados/Dos U.S.A., de nove as seis." (Trecho de "Geração Coca-Cola", 1985)


Estou aqui no meu quarto, em frente ao PC, pensando o que vou assistir: "Lost", "Supernatural", "Glee", "The Vampire Diaries"....E, repentinamente, lembro que não postei nada no Blog, ainda...E porque não falar das séries americanas?
Lembro de uma música do Renato Russo, "Geração Coca-Cola", de 1985. Se ele fosse vivo, teria completado 50 anos no dia 27 de março...Quem diria...Um "rebelde cinquentão"!!! Mas John Lennon teria completado 70, no dia 9 de outubro!!! Daqui a três anos, é a vez do Mick Jagger...É...Nossos ídolos estão ficando velhos...Os meus, pelo menos...
Mas, voltando à música, que cita os "enlatados"...Antigamente, os capítulos das séries vinham embaladas em latas de metal, para que não fossem danificadas. Por isso, toda série americana era chamada de "enlatado". E nós, meninos e meninas brasileiros, ficávamos horas em frente à TV, vendo esses "enlatados"...
Mas não pense você, que as séries são novidade ou antiguidade. Acho mesmo que são atemporais, assim como as novelas brasileiras. Quero dizer, se pegarmos piadas e enredos de séries antigas, e colocarmos artistas jovens e cenários modernos, elas poderão perfeitamente retratar os dias atuais...
Os americanos têm um carinho especial por suas séries antigas. Já vi vários trechos de "I Love Lucy" em filmes de Hollywood (alguém assistindo), e as cenas dela pisando uvas ou imitando Carmen Miranda se tornaram patrimônio norte-americano. Graças ao Youtube, você pode ver essas cenas dessa séries que foi ao ar de 1951 a 1960, nos EUA:


Cena das Uvas: http://www.youtube.com/watch?v=tw0D-Rv_vro
Imitação de Carmen Miranda: http://www.youtube.com/watch?v=1-YWw07wSMo&feature=related

Mesmo não entendendo os diálogos, podemos rir um pouco dessa série dos anos 50. Mas, ao contrário do que você possa estar pensando, eu não vivi naquela época, apesar de achá-la divertida, na falta de outros adjetivos...
Na verdade, comecei a entender as séries americanas nos anos 70, assistindo "Batman", "Jeannie É Um Gênio", "A Feiticeira", "Perdidos no Espaço", "Os Monstros", "Túnel do Tempo", "Terra de Gigantes" e "Jornada nas Estrelas", entre outros. Muitas pessoas lembrarão dessas séries e, para aqueles que não lembram ou não viram, uma pequena "viagem no tempo":



Seriados dos Anos 60 e 70 - http://www.youtube.com/watch?v=bJsAXiJkl9U&feature=fvw


Interessante a visão de entretenimento que se tinha então: homens casados com bruxas ou gênios de lâmpada, famílias de monstros, seriados de ficção científica, com viagens no tempo e no espaço...Ficaram para a história os doutores Spock e Smith, o Herman Monstro, a feiticeira Samantha (revivida por Nicole Kidman, recentemente) e o casal Tony e Jeannie, entre outros...

Mais adiante, ainda nos anos 70, lembro que assistia "A Mulher Biônica", "O Homem de Seis Milhões de Dólares", "Mulher Maravilha", "As Panteras" e "Ilha da Fantasia". Nessa fase, as heroínas estavam no auge, desde a Mulher Maravilha, vivida pela Miss Mundo 1972 Lynda Carter, até as Panteras Farrah Fawcett, Kate Jackson e Jaclyn Smith. E, para os maiores de idade, havia "Dinastia" e "Dallas", duas séries que fizeram imenso sucesso...

Nos anos 80, comecei a trabalhar e fazer faculdade, e me afastei da televisão, sendo que as únicas séries de que me lembro, nos anos 80 e 90, são "Barrados no Baile", "Casal 20" e "A Gata & O Rato"...

Mas agora, com o advento da TV a Cabo e a Internet, eis que as séries americanas ganharam novo fôlego, e têm se multiplicado aos montes, desde "Friends", "Alias", "SOS Malibu", "Buffy", "Gossip Girl", "Grey's Anatomy", "CSI", "Heroes", "Smallville", "Prison Break", "Queer As Folk", "True Blue", "Sopranos", "Tudors", "Roma", "Two And Half Men", "Big Bang Theory", "Sex And City" e muitas outras...

Decidi: vou assistir o capítulo inédito de Glee. Mas, antes de "sair do PC", afirmo uma coisa: mesmo dizendo que os americanos exportaram sua cultura pelo mundo e, muitas vezes, fazendo o discurso "socialista de carteirinha", de que "devemos dizer não ao imperialismo", uma coisa é inegável: as séries americanas já estão incluídas em nossa memória televisiva, afetiva, musical, visual, de forma irreparável. E você se importa? Ou apenas assiste? 

 







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